Casal Bolsonaro se preocupa com delação de Mauro Cid sobre contas de Michelle

A estratégia do ex-presidente continua baseada no discurso de que ele, sua família e aliados mencionados nas investigações estão “tranquilos”

Casal Bolsonaro e Mauro Cid | Sérgio Lima/AFP; Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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No sábado (09), após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, homologar um acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, a família e o círculo próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstraram preocupação com o potencial impacto das revelações do tenente-coronel. Fontes apontam que há receio de que tais revelações possam envolver a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) em questões delicadas.

O entorno de Bolsonaro avalia que uma delação como essa poderia trazer à tona detalhes sobre os pagamentos de despesas de cartão de crédito de Michelle supostamente realizados por Cid. Essa situação poderia causar desgastes na imagem da ex-primeira-dama, que mantém pretensões políticas e continua a participar de eventos do PL, seu partido, além de manter sua presença junto ao público evangélico.

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Além das preocupações quanto às possíveis revelações de Cid, há apreensão devido à natureza abrangente das delações premiadas e à incerteza em relação à veracidade das denúncias feitas às autoridades de investigação, bem como às supostas provas que possam ser apresentadas. Uma fonte próxima ao ex-presidente afirmou: "Estão com receio de que se repitam casos da Lava Jato, em que houve diversas delações com denúncias que não se comprovaram, mas que causaram muita turbulência."

Por outro lado, Bolsonaro ainda mantém o temor de ser preso, uma preocupação que tem sido alimentada desde o resultado das eleições presidenciais do ano passado, nas quais ele perdeu para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com aliados do ex-mandatário. A interpretação é que os depoimentos do tenente-coronel aos investigadores e, agora, a iminente delação, representam mais um capítulo na trama para eventualmente detê-lo.

Entretanto, a estratégia do ex-presidente continua baseada no discurso de que ele, seus filhos e aqueles mencionados nas investigações estão "tranquilos" e têm sido alvos de repetidas perseguições. Isso foi evidenciado durante um culto religioso em Taguatinga (DF), no feriado de 7 de setembro, quando Michelle, acompanhada de Bolsonaro, emocionalmente reiterou que sua família está sendo perseguida.

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