CPMI descobre que, mesmo depois de preso, Cid movimentou fortuna nos EUA

De acordo com registros fornecidos pelo BC, o militar realizou transações correspondentes a 161.664,92 reais

Tenente-coronel Mauro Cid - ex-funcionário de Bolsonaro | Reprodução
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os ataques golpistas do 8 de Janeiro, obteve informações bancárias que indicam que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), realizou transações financeiras no valor de 34.391,11 dólares através do banco Wells Fargo, nos Estados Unidos, mesmo após sua prisão.

A operação de câmbio foi registrada em 25 de julho e concluída em 1º de agosto, de acordo com os registros fornecidos pelo Banco Central (BC) à comissão. Convertido para a moeda nacional, o montante corresponde a 161.664,92 reais. Até o momento, a única conta de Cid no exterior que se conhece é vinculada a uma agência do Banco do Brasil (BB) na Flórida.

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As autoridades investigam o militar por seu suposto envolvimento em um esquema ilícito de venda das joias sauditas que foram presenteados ao ex-presidente durante seu mandato. O ex-funcionário de Bolsonaro é alvo de inquérito da Polícia Federal (PF), que busca esclarecer as circunstâncias da transação ilegal.

O advogado do ex-presidente, Frederick Wassef, e outro ex-ajudante de ordens, Osmar Crivelatti, também estão sendo investigados no âmbito deste caso.

Forças Armadas

Em meio ao aumento do número de militares ocupando cargos no governo Bolsonaro sob investigação, o ministro da Defesa, José Múcio, solicitou à Polícia Federal (PF) acesso aos nomes dos membros das Forças Armadas que se encontraram com o hacker Walter Delgatti Neto, supostamente envolvidos em tentativas de desacreditar a segurança das urnas eletrônicas. Essa iniciativa indica a intenção das Forças Armadas de tomar medidas contra aqueles que estiverem envolvidos em ações golpistas. Paralelamente, o Exército adota medidas internas para não desagradar os quartéis.

Cid está detido desde o início de maio, acusado de falsificar cartões de vacinação contra a Covid-19 e é um dos principais suspeitos em um suposto esquema de desvio das joias sauditas. Os oficiais aguardam uma decisão da Justiça para que Cid seja submetido a um procedimento interno que pode levar a sua expulsão.

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