Deputada ataca Barbie e vê inversão de valores da família: “atriz trans”

Para a parlamentar, o filme pode corromper a mentalidade das crianças por promover uma “inversão de valores”

A parlamentar é uma devota fervosora de Bolsonaro | Luiz Santana/ALMG
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A deputada estadual Alê Portela (PL-MG) expressou sua posição contrária ao mais recente filme da Barbie, que estreou nos cinemas nesta quinta-feira (20). A parlamentar afirma que o longa-metragem em live-action da famosa boneca não é apropriado para o público infantil e familiar, destacando que a produção promove uma "inversão de valores" não encontrada nos filmes animados tradicionais.

Em suas redes sociais, a bolsonarista compartilhou cinco motivos pelos quais ela aconselha as famílias a não levarem suas crianças a assistir o filme, incluindo a classificação indicativa do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que proíbe a exibição para menores de 12 anos. Portela também ressalta características do filme que, segundo ela, retratam relações com a vida real, como assédio, prisão, consumo de bebida alcoólica e reflexões existenciais.

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Além disso, a seguidora de Bolsonaro destaca a conexão do filme com o público LGBTQIA+, especialmente por apresentar uma atriz trans interpretando uma das personagens da Barbie. A americana Hari-Nef interpreta a icônica Barbie Médica. Em nota, Alê Portela enfatiza que sua manifestação não possui teor homofóbico e está dentro dos limites da lei.

"A livre manifestação do pensamento, desde que dentro dos limites da lei, não pode ser criminalizada. Isso é ainda mais relevante no caso de um parlamentar, cuja atividade intrínseca é representar e expressar opiniões sobre os mais diversos temas, mesmo os mais complexos", afirmou.

Para a bolsonarista, a inversão de valores presente no filme reflete uma triste realidade da sociedade atual. Ela expressa sua preocupação com a distorção e até mesmo a negligência de princípios éticos e morais, e conclui que o filme não é adequado para o público infantil. A posição da parlamentar pode gerar debates sobre a adequação de conteúdo audiovisual para diferentes faixas etárias e a diversidade de representação nas produções cinematográficas.

Leia a nota de Alê Portela na íntegra

"A livre manifestação do pensamento dentro dos limites da lei não pode ser criminalizada.  Muito menos de um parlamentar em que é intrínseco à atividade de representar, exarar opiniões sobre os mais variados temas, mesmo os mais complexos.

O conceito de homofobia está definido em lei e a interpretação extensiva diversa da norma jurídica é mera narrativa. Nos tempos atuais pra lhe ser imputado algum crime de opinião, basta que alguém não concorde.

Se o Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária (CONAR) considera o conteúdo impróprio para menores de 12 anos, há que se perceber que não se trata de discriminação, mas da aplicação ao que a norma jurídica exige, por considerar que há ali linguagem com teor adulto.

Repercuti essencialmente uma decisão do CONAR. Ele existe para impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou empresas e para defender a liberdade de expressão comercial.

Nesse diapasão não me parece razoável que se criminalize a mim ou ao órgão, mas aqueles que violam a ordem jurídica para impor suas convicções, sejam elas quais forem.

Muito obrigada".

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