Quase 15 meses após a eleição de 2022, a primeira-dama Janja da Silva continua a ser um fator preponderante que impede o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de restabelecer laços com lideranças evangélicas de direita. Apesar do desejo de figuras como os ministros Paulo Pimenta, Jorge Messias, e Alexandre Padilha, assim como influentes membros do PT como Edinho Silva e José Dirceu, Janja permanece firme em sua posição.
A defesa pela reaproximação com os evangélicos, liderada por esses membros do governo e do partido, encontra resistência nas advertências de Janja. Ela continua a argumentar, repetindo a estratégia que se mostrou eficaz durante a campanha de 2022, que tanto Lula quanto o governo saem prejudicados ao se relacionarem com líderes evangélicos conservadores. Ela sustenta que esses pastores não são aliados confiáveis e que uma parceria pode resultar em perdas para o presidente e seu governo.
O embate interno sobre a abordagem em relação aos líderes evangélicos destaca as divergências dentro do partido e do governo sobre a melhor estratégia para ampliar a base de apoio de Lula. Enquanto alguns argumentam que uma aproximação com essa parcela do eleitorado é essencial para fortalecer a posição do presidente, Janja permanece como uma voz contrária, alertando sobre os riscos percebidos de confiar em líderes evangélicos conservadores.
A disputa interna sobre essa questão estratégica continua a moldar a abordagem política de Lula, lançando luz sobre as complexidades e desafios enfrentados pelo PT na construção de alianças amplas e na gestão de divergências ideológicas dentro do próprio partido.
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