Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmam que André Mendonça atuou em favor do bolsonarismo ao solicitar a transferência para o plenário presencial do julgamento de dois réus ligados aos atos golpistas de 8 de janeiro. O julgamento de cinco réus estava em andamento no plenário virtual e deveria ser concluído até as 23h59 de segunda-feira (02), com maioria para a condenação no domingo (1º).
Antes do prazo final, o ministro Mendonça requereu a mudança para o plenário físico, resultando no destaque dos casos e obrigando os ministros a votar presencialmente. Três ministros do STF, em anonimato, consideram essa decisão uma tentativa de posicionar-se contra o bolsonarismo, temendo que a conclusão dos julgamentos leve à análise dos autores intelectuais da tentativa de golpe, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"É serviço, porque na verdade estão vendo nisso o desdobramento que é o fim da história: está faltando alguém'', disse um ministro do STF. "Então, pedindo mais tempo, ele evita acelerar o julgamento e o desfecho", continuou.
É importante mencionar que o ministro era Advogado-Geral da União do Brasil. Ele foi indicado por Bolsonaro para ocupar uma vaga na Suprema Corte, em 2021, sob a bandeira de ser “terrivelmente evangélico”.
Um ministro afirmou que Mendonça está, na verdade, buscando evitar a aceleração do julgamento e seu desfecho, enquanto outro considera "praticamente" impossível que a mudança para o plenário físico influencie os votos dos ministros.
Após a repercussão, André Mendonça defendeu sua decisão, alegando que os processos têm peculiaridades que exigem análise simultânea. Ele afirmou que agiu dentro do interesse na Justiça e que apenas alguém com "extrema má-fé" pensaria o contrário.
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