Saiba por que novo depoimento de Mauro Cid à PF causa temor entre militares

A expectativa entre os militares é que nos novos depoimentos, Cid forneça detalhes sobre o papel de cada integrante do Exército na suposta trama golpista

Tenente-coronel Mauro Cid | Reprodução/Folha de SP
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O clima de tensão entre militares envolvidos na investigação sobre um suposto golpe de Estado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atinge seu ápice nesta sexta-feira (1º), com o depoimento do ex-comandante do Exército, Freire Gomes, à Polícia Federal (PF). Contudo, é o interrogatório do ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid, que causa maior apreensão entre os militares investigados.

A expectativa entre os militares alinhados a Bolsonaro é que nos novos depoimentos, Cid forneça detalhes sobre o papel de cada integrante do Exército na suposta trama golpista. Acredita-se que o ex-ajudante de ordens, inicialmente cauteloso para proteger seus colegas, possa revelar informações cruciais, envolvendo membros de alta patente, como os generais e ex-ministros Augusto Heleno, Walter Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, e Estevam Theophilo Oliveira.

O novo interrogatório de Cid ainda não foi marcado, pois a PF considerou necessário avançar em outras frentes antes de ouvi-lo novamente, principalmente após o depoimento de Freire Gomes realizado nesta sexta-feira. Os investigadores buscam fechar todas as pontas do roteiro do golpe antes de convocar Mauro Cid. Caso os esclarecimentos do ex-ajudante de ordens não atendam às expectativas, existe a possibilidade de ele perder os benefícios de sua delação e retornar à prisão.

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Ex-comandante do Exército na mira da PF

O ex-comandante do Exército, Freire Gomes, tornou-se alvo de críticas por parte de militares associados a Bolsonaro, que estão sob investigação por suposta participação em planos de um golpe de Estado. Nos bastidores, esses militares agora defendem a ideia de que Gomes se omitiu ou prevaricou ao participar de uma reunião com o ex-presidente, na qual discutiram detalhes de uma minuta que abriria espaço para uma intervenção.

Os militares alinhados a Bolsonaro passaram a sustentar a tese de que a PF também precisa responsabilizar Freire Gomes. Alegam que, como comandante de Força, o general tinha uma "responsabilidade institucional" de relatar às autoridades o que estava acontecendo. O grupo acredita que a cúpula do Exército está protegendo Gomes e busca esclarecer seu papel no episódio, sugerindo que os militares investigados destaquem, em depoimentos à PF, o envolvimento do ex-comandante nos temas em questão.

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