Viagem custosa aos cofres públicos de Bolsonaro aos EUA foi ilegal, aponta TCU

Segundo informações do MRE, a viagem corroeu um total R$ 800 mil da verba pública

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) | Alexandre Cassiano
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A equipe técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) não conseguiu identificar interesse público na viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos, que ocorreu entre dezembro de 2022 e março de 2023. De acordo com a Unidade de Auditoria Especializada em Governança e Inovação do TCU, foram examinadas várias possíveis razões para a viagem de Bolsonaro, mas nenhum interesse público que justificasse a sua rápida saída do Brasil.

O relatório da Unidade de Auditoria afirma que "no presente caso, em nenhum momento foi revelado o interesse público capaz de sustentar a legalidade de uma viagem altamente dispendiosa nas últimas horas de seu mandato". Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o custo total da viagem foi de R$ 800 mil, incluindo despesas com hospedagem, diárias de seguranças, aluguel de veículos, contratação de intérpretes e auxiliares locais.

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O ex-presidente partiu para o exterior no dia 30 de dezembro sem a intenção de passar a faixa presidencial a seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O questionamento sobre os motivos da viagem de Bolsonaro foi apresentado ao TCU pelo deputado federal Elias Vaz de Andrade (PSB-GO).

Para organizar a viagem de Bolsonaro, 35 pessoas, entre militares e civis, foram mobilizadas às pressas, fazendo parte do "escalão avançado". Esse grupo incluía seguranças e assessores do ex-presidente, como o tenente-coronel Mauro Cid, os assessores Oscar Crivelatti e Marcelo Câmara, bem como os seguranças Sérgio Rocha Cordeiro e Max Guilherme Machado. Todos estão sendo investigados pela PF em casos como a venda de joias sauditas e presentes recebidos pelo ex-comandante durante seu mandato, bem como a suposta falsificação do cartão de vacinação do ex-presidente.

Apenas o deslocamento do "escalão avançado" no dia 28 de dezembro gerou uma despesa de R$ 94 mil em alimentação e logística. Não houve tempo hábil para cotação de preços para esses serviços, e as empresas contratadas foram as mesmas que estiveram envolvidas em outra viagem de Bolsonaro aos EUA, em junho de 2022.

Além disso, os gastos relacionados à viagem do grupo incluíram R$ 12.317,60 em seguros-viagem e R$ 3.432,20 referentes a uma passagem aérea utilizada por Mauro Cid. O custo total dessa parte da viagem foi de R$ 109 mil.

Para mais informações, acesse Meionorte.com



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