Na última sexta-feira (20), a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma missa na Basílica-Santuário Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (PA), foi marcada por críticas e desinteresse por parte de muitos internautas e fiéis católicos. Um vídeo viralizou nas redes sociais, mostrando Bolsonaro falando praticamente para um público disperso, enquanto a maioria dos presentes ignorava suas palavras durante a cerimônia religiosa. A cena intensificou a percepção de que a popularidade do líder político entre os católicos pode estar em declínio.
As imagens revelam a expressiva maioria da audiência voltada para outra direção da basílica, ignorando Bolsonaro, que subiu ao altar e iniciou sua já conhecida retórica de discursos questionáveis. Clérigos presentes, trajando vestes litúrgicas, observavam o episódio sentados. A participação do ex-presidente à missa foi planejada por sua assessoria durante sua visita ao Pará, onde chegou na sexta-feira acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que não participou da cerimônia católica por ser evangélica. Bolsonaro está programado para cumprir agenda neste sábado (21) com representantes políticos da extrema-direita no estado.
O evento religioso, que deveria ter sido uma oportunidade para Bolsonaro se conectar com o público católico, acabou se transformando em um episódio que destacou o desinteresse e a rejeição por parte daqueles presentes. O vídeo viral gerou ampla discussão nas redes sociais, ressaltando o desafio do líder político em manter sua popularidade entre os fiéis católicos e evidenciando a falta de receptividade durante a missa na Basílica-Santuário Nossa Senhora de Nazaré.
CPI do 8 de janeiro foi um “acerto”
Apesar do indiciamento do ex-presidente no âmbito da CPI do 8 de Janeiro, membros de sua família consideram a comissão como um "acerto". No entanto, essa visão não é compartilhada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que critica o apoio do partido à investigação.
A perspectiva positiva dos integrantes do círculo Bolsonaro se baseia na crença de que a CPI teve um papel relevante ao pressionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para a libertação de alguns detidos nos eventos golpistas. Além disso, a família do ex-presidente insinua que a comissão trouxe à tona supostas omissões de indivíduos ligados ao governo federal na contenção dos ataques.
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