Como um diamante de R$ 30 Mi gerou decepção para dois escavadores adolescentes

O sonho deles ganhou vida quando encontraram uma pedra grande e brilhante no solo, acreditando que isso transformaria suas vidas

Diamante da esperança vira pesadelo | Montagem/MeioNorte
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Em uma nação africana onde diamantes muitas vezes são associados ao derramamento de sangue e miséria, havia uma esperança de que essas pedras preciosas pudessem trazer prosperidade à população local. Komba Johnbull e Andrew Saffea, ainda adolescentes na época, destacavam-se como os mais jovens de um grupo de cinco escavadores que trabalhavam incansavelmente para desenterrar essas riquezas.

O sonho deles ganhou vida quando encontraram uma pedra grande e brilhante no solo, acreditando que isso transformaria suas vidas. No entanto, seis anos depois, a descoberta que prometia esperança estava impregnada de decepção.

Saffea, um estudante brilhante forçado a abandonar a escola devido à pobreza, e Johnbull, cuja família foi devastada pela guerra civil de 1991-2002, uniram-se a um grupo de escavadores patrocinados por um pastor local. Embora não recebessem pagamento, eram fornecidos com equipamentos básicos e alimentação. O acordo era simples: se descobrissem um diamante, o patrão ficaria com a maior parte.

Trabalho exploratório

A jornada de trabalho era exaustiva, enfrentando longas horas na fazenda antes de se dedicarem à mina. O objetivo era poupar dinheiro para voltar à escola, mas a realidade do trabalho árduo era devastadora.

A descoberta que mudaria suas vidas ocorreu em uma sexta-feira, 13 de março de 2017, quando Johnbull avistou uma pedra brilhante na água corrente. Era um diamante de 709 quilates, o décimo quarto maior já registrado.

O diamante foi vendido em leilão por US$ 6,5 milhões (em cotação atual, como referência, esse valor seria equivalente a mais de R$ 30 milhões).

Os escavadores receberam um pagamento inicial de apenas US$ 80 mil (R$ 400 mil, na cotação atual) cada.

A promessa de uma vida melhor começou a desvanecer quando perceberam que receberam apenas essa pequena parte do lucro, apesar do valor total do diamante. Saffea e Johnbull tinham esperanças de construir uma casa e continuar os estudos, mas seus planos foram frustrados.

As tentativas de viajar para o exterior em busca de uma vida melhor resultaram em desafios e decepções. Saffea, por exemplo, acabou cuidando de cavalos em um estábulo, uma realidade distante de seus sonhos de riqueza.

Reconhecimento invisibilizado

O reconhecimento também foi escasso, com os escavadores sentindo que sua contribuição para a descoberta do diamante foi ignorada. Hoje, enquanto Johnbull trabalha na fabricação de esquadrias de alumínio em Freetown, Saffea planeja se juntar a ele se suas ambições no exterior não se concretizarem.

Apesar das reviravoltas e desilusões, ambos almejam proporcionar uma vida melhor para suas famílias, rompendo com o ciclo de adversidades que enfrentaram ao longo de suas vidas.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com

Leia Mais


Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES