Israel realiza mais de 500 ataques aéreos a Gaza e atinge refugiados

O país invadido realizou mais de 500 ataques aéreos e de artilharia contra grupos militantes palestinos.

Israel responde aos ataques armados do Hamas | Reprodução
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Os confrontos entre o exército de Israel e os guerrilheiros do Hamas em território israelense continuam, nesta segunda-feira (9), em "sete ou oito" locais ao redor da Faixa de Gaza, conforme relatado por um porta-voz militar israelense. Após 48 horas do início da ofensiva do Hamas, mais de mil mortos e 4 mil feridos foram contabilizados. De acordo com o jornal The Washington Post, as Forças Armadas de Israel estão planejando um ataque terrestre massivo em Gaza nas próximas 48 horas.

O tenente-coronel Richard Hecht afirmou: "Ainda estamos lutando. Há sete ou oito lugares em terreno limpo ao redor (da Faixa de Gaza) onde ainda temos guerreiros lutando contra terroristas." Ele acrescentou: "Ontem pensamos que teríamos o controle total. Espero que o tenhamos no fim do dia".

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Durante a noite, Israel realizou mais de 500 ataques aéreos e de artilharia contra grupos militantes do Hamas e da Jihad Islâmica no enclave palestino governado pelo movimento islâmico. Em dois dias de guerra desde o início da ofensiva do Hamas no sábado (7), mais de 1.100 pessoas perderam a vida, sendo 700 em solo israelense e mais de 400 na Faixa de Gaza.

Além disso, os combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica capturaram cerca de uma centena de cidadãos de Israel, incluindo militares e civis.

Como se originou o conflito?

O embate entre Israel e Palestina tem uma trajetória que se estende por décadas, iniciando-se em sua forma moderna em 1947. Nesse ano, as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados na Palestina sob mandato britânico, um judeu e outro árabe. Embora a proposta tenha sido aceita pelos líderes judeus, foi rejeitada pelo lado árabe e jamais implementada.

Diante da incapacidade de solucionar a questão, os governantes britânicos deixaram a região, e, no ano seguinte, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, gerando revolta entre os palestinos e desencadeando a Guerra árabe-israelense de 1948. A situação a respeito dos territórios permaneceu em impasse, até que, em 1967, eclodiu a Guerra dos Seis Dias, alterando significativamente o cenário na região. Israel emergiu vitorioso, conquistando à força a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, anteriormente sob domínio da Jordânia, além da Faixa de Gaza, administrada pelo Egito. Nessa época, meio milhão de palestinos fugiram.

Ao longo dos anos, durante diversos conflitos e confrontos, Israel anexou Jerusalém Oriental, onde se encontram locais sagrados para cristãos, judeus e muçulmanos, e permanece ocupando a Cisjordânia. No entanto, em 2005, retirou-se da Faixa de Gaza, que passou a ser controlada pelo movimento islâmico Hamas desde 2007. A solução apontada pela comunidade internacional é a criação de um Estado palestino que coexista pacificamente com Israel.

A resolução do conflito, entretanto, depara-se com disputas aparentemente cada vez mais insolúveis, incluindo a segurança de Israel, as fronteiras, o status de Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados palestinos, que fugiram ou foram expulsos de suas terras.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com



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