Pré-candidatos de SP apostam em estratégia diferente para conquistar voto evangélico

A menos de um ano das eleições municipais de 2024, os pré-candidatos Guilherme Boulos (Psol), Ricardo Nunes (MDB), e Tabata Amaral (PSB) estão adotando estratégias diversas para conquistar o voto dos evangélicos na corrida pela Prefeitura de São Paulo.

Os três pré-candidatos têm promovido encontros com líderes religiosos, buscando estreitar laços com o segmento evangélico, cujo voto tem se tornado cada vez mais estratégico nas eleições. Em 2020, durante a disputa presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) também direcionaram esforços para conquistar a atenção desse público por meio de encontros e cartas de compromisso.

Segundo dados do Datafolha de 2020, os evangélicos representavam cerca de 31% da população brasileira, enquanto os católicos eram 50%. Na cidade de São Paulo, esse grupo correspondia a aproximadamente um terço do eleitorado.

Guilherme Boulos tem procurado se aproximar de pastores independentes de diferentes bairros da cidade, driblando o contato com grandes igrejas. O pré-candidato, cuja trajetória está associada ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), busca interlocução com líderes mais progressistas e tem contado com o apoio do PT nesse processo.

Tabata Amaral, por sua vez, tem dialogado com representantes de denominações menores, com forte atuação nos bairros onde estão localizadas. A deputada federal, apoiada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), frequenta a missa aos domingos e conta com a ajuda de importantes lideranças políticas para se aproximar dos evangélicos.

Ricardo Nunes, que se declara católico atuante, tem se aproximado de pastores vinculados a igrejas maiores, como a Assembleia de Deus e a Renascer em Cristo. O prefeito tem fortalecido sua relação com líderes religiosos, enfatizando ações sociais desenvolvidas pelas instituições que podem ser realizadas em parceria com a administração municipal.

Com estratégias distintas, os pré-candidatos buscam conquistar o importante eleitorado evangélico, cujas preferências podem influenciar significativamente os resultados das eleições municipais. O cenário político na cidade de São Paulo promete intensificar-se nos próximos meses, à medida que as eleições se aproximam.

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