Lewandowski assume Justiça e revela a nova linha de trabalho da pasta

Nesta quinta-feira (1º/2), o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski assume o cargo de ministro da Justiça no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com um perfil técnico, uma de suas principais missões será impulsionar ações concretas em uma das áreas mais criticadas na gestão atual do presidente: a segurança pública.

De acordo com pesquisa Datafolha de dezembro, 50% da população avalia como ruim ou péssima a atuação do governo federal na área da segurança. O novo ministro, durante a reunião de transição com seu antecessor Flávio Dino, enfatizou que a segurança pública será sua prioridade.

Lewandowski destacou a preocupação com desafios como a criminalidade, o crime organizado e a insegurança, que afetam tanto as classes mais abastadas quanto os cidadãos mais simples. O combate à crise na segurança é, portanto, uma pauta central para sua gestão.

Entre os desafios específicos, a elucidação dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes é uma das prioridades. Com a federalização da investigação, o novo ministro terá a responsabilidade de avançar nas respostas sobre os mandantes e as motivações para esse crime que chocou o país.

Outro ponto de atenção é a presença do crime organizado e das milícias no Rio de Janeiro. A gestão de Lewandowski deverá lidar com a extensão da presença da Força Nacional de Segurança no estado, além de enfrentar a diminuição do poder de um "estado paralelo".

A obrigação do uso de câmeras nas fardas policiais, uma medida que enfrenta resistência na bancada legislativa, também será um tema central. Durante seu período como ministro do STF, Lewandowski votou a favor dessa prática.

A nova equipe de Lewandowski inclui Manoel Carlos de Almeida Neto na Secretaria-Executiva e profissionais de destaque em áreas como Segurança Pública, Justiça, Direitos Digitais e outras, com o intuito de enfrentar os desafios complexos da pasta da Justiça no cenário atual.

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