Empresária suspeita de ato golpista tem processos por dívidas de R$ 7 mi

Ela é citada na ação em que a Advocacia Geral da União obteve na Justiça o bloqueio dos bens dos supostos financiadores dos atos golpistas

Terrorismo no DF | Marcelo Camargo / Agência Brasil
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A empresária Rosângela de Macedo Souza, suspeita de ser uma das financiadoras dos atos golpistas de Brasília, é alvo de pelo menos três processos de cobrança na Justiça de São Paulo por dívidas que superam os R$ 7 milhões.

Atos golpistas do dia 8 de janeiro Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil 

Moradora de Votuporanga, no interior paulista, a idosa de 65 anos é citada na ação em que a Advocacia Geral da União obteve na Justiça o bloqueio dos bens dos supostos financiadores dos atos do dia 8 de janeiro.

Um credor relata em um dos processos de cobrança que, em março de 2020, vendeu um terreno de 276 metros quadrados em um condomínio de São José do Rio Preto para Rosângela pelo valor de R$ 150 mil.

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Segundo a acusação, Rosângela deu R$ 5 mil de entrada e, após o prazo combinado, assinou um cheque de R$ 145 mil para liquidar a dívida.

Ao tentar depositar o cheque, no entanto, o credor descobriu que a empresária havia sustado o pagamento após ter recebido o termo de quitação da compra do terreno.

Na defesa apresentada à Justiça, a empresária afirmou que, "em que pese o referido cheque haver sido devolvido", o vendedor do terreno "deu quitação do contrato", afirmou. 

Segundo Rosângela, ele "não fez qualquer ressalva no recibo emitido" e agora não pode "de maneira espúria" tentar se "locupretar".

O vendedor afirmou à Justiça que sofreu um verdadeiro golpe e que a alegação "descarada" da empresária chega a ser "cômica". "Cheque sustado não é pagamento."

A Justiça não aceitou a argumentação da empresária e determinou a penhora de 100% de um imóvel de sua propriedade. Ela recorreu, mas ainda não houve decisão na segunda instância.

Em outros dois processos, Rosângela é cobrada por dívidas de uma empresa da qual seria sócia, a Vigor Agro Ltda, que comercializa insumos agrícolas.

A Lonping High-Tech cobra R$ 2, 2 milhões (valores atualizados) em sementes de milho que teriam sido compradas em 2019 pela Vigor Agro, mas que não foram pagas. Rosângela, que foi uma das fiadoras do contrato, e a Vigor Agro não apresentaram defesa no processo.

A Justiça já expediu ordem de pagamento.

No terceiro processo, a Albaugh Agro Brasil cobra cerca de R$ 5 milhões da Vigor Agro por transações que não teria sido pagas. O processo ainda não foi concluído, mas há decisões contrárias aos sócios de Rosângela. A empresária ainda não apresentou defesa.

 



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