Exclusivo Assassino enviou vídeo do corpo de Janaína Bezerra para mãe da estudante

No dia 30 de setembro, Thiago foi condenado a 18 anos e 6 meses de prisão por homicídio qualificado, estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver e fraude processual.

Assassino enviou vídeo do corpo de Janaína Bezerra para mãe da estudante | Reprodução
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Após o resultado intrigante do julgamento de Thiago Mayson da Silva Barbosa, acusado de estuprar e matar a estudante Janaína Bezerra em janeiro deste ano, os pais questionam que a Justiça foi passiva, isso porque o ex-mestrando foi absolvido do crime de feminicídio. Thiago foi condenado a 18 anos e 6 meses de prisão por homicídio qualificado, estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver e fraude processual.

O resultado não trouxe somente revolta aos pais da estudante, mas indignação para a população que acompanhou o desenrolar do julgamento: “Todo mundo dormiu na cadeira e no chão para receber isso”. A advogada e os pais questionam haver “erros”, e que esperavam uma pena de 70 anos devido à gravidade dos crimes cometidos por Thiago.

O crime, que chocou até a imprensa internacional, não parou por aí. Com exclusividade à Rede Meio Norte, dona Maria do Socorro e o senhor Adão, pais de Janaína, relataram que a filha ainda pediu ajuda por meio de um áudio. A mãe da jovem mencionou que Thiago, após o crime, enviou um vídeo do corpo da estudante para a família.

“Ele (Thiago) fez um vídeo e mandou para mim, e eu apaguei sem querer a cena da minha filha morta. Ela estava morrendo no áudio. Eu falei com ela, ela disse ‘mamãe chegamos (na UFPI)’, e o celular dela estava ligado. Ele sabia, e foi ele que colocou ela (Janaína) quase morrendo. Ela queria pedir ajuda, e eu sem querer apaguei (a mensagem). Tudo que a gente falou está no celular dela”, disse dona Maria do Socorro.

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Durante o julgamento, vídeos e provas da investigação foram apresentados a um conselho de sentença composto por quatro homens e três mulheres. Do lado de fora, familiares e representantes da Frente Popular de Mulheres aguardavam o desfecho do júri. 

“Estou muito revoltada. Passamos o dia todo esperando esse resultado. Isso não traz minha filha de volta. Tiraram crimes de cima dele, não colocaram tudo. São 8 meses de sofrimento e revolta, e ele não vai cumprir nem um terço [...] Teve muito erro no processo. Ela (advogada) ficou indignada, pois não estava esperando. Foi um absurdo o que fizeram”, lamentou dona Maria do Socorro, mãe de Janaína, à Rede Meio Norte.

O senhor Adão, pai de Janaína, diz estar insatisfeito e questiona a decisão da justiça. Mesmo após 8 meses e dois adiamentos, o pai da estudante declara que “vai começar tudo de novo”, e que vai recorrer da condenação.

“Não consigo entender como o juiz deu essa sentença desse jeito para esse covarde. Queria saber o porquê, onde foi que erraram. Era para pegar uns 70 anos de cadeia [...] nós vamos recorrer a sentença, vai começar tudo de novo”, declarou o pai.

O homicídio qualificado envolveu o emprego de meio cruel | FOTO: Reprodução

JULGAMENTO

O julgamento, presidido pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, iniciou-se na sexta-feira (29) e encerrou por volta das 5h deste sábado (30) no Fórum Cível e Criminal Desembargador Joaquim de Sousa Neto. A defesa de Thiago foi conduzida pelo advogado Ércio Quaresma, enquanto a sentença foi anunciada por Florence Rosa, advogada de acusação. 

DOIS ADIAMENTOS

O julgamento aconteceu depois de dois adiamentos, o primeiro estava marcado para 17 de agosto deste ano, mas foi adiado devido à falta de quórum, causada pela ausência de 12 testemunhas da UFPI. O caso foi então remarcado para o dia 1º de setembro,  mas o novo representante do réu, Ércio Quaresma, não compareceu à sessão. 

RELEMBRE O CASO

Investigações do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que a jovem foi brutalmente estuprada e morta dentro de uma sala de estudo do curso de matemática da Universidade Federal do Piauí (UFPI) durante uma calourada, na madrugada de 28 de janeiro.

O homicídio qualificado envolveu o emprego de meio cruel, uma vez que a vítima morreu por asfixia e teve o pescoço quebrado, além da qualificação por feminicídio, devido à condição de mulher da vítima. Thiago Mayson alegou que teve um encontro com Janaína durante a festa e a convidou para uma sala de estudos do curso de Matemática, onde alega ter mantido relações sexuais consensuais com a vítima.



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