Caso Flávia: Preso diz que recebeu R$ 1 mil para participar de assalto

O delegado Matheus Zanatta disse que no momento da prisão em Caxias, Biel estava em um salão, pintando o cabelo

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O Programa Bom Dia Meio Norte, trouxe, na manhã desta terça-feira (14), com exclusividade, o depoimento de Francisco Emanoel dos Santos Gomes, 22 anos, conhecido como Biel, acusado de participação no latrocínio que terminou com a morte da estudante de medicina, Flávia Cristina Wanzeler, de 23 anos.

Em depoimento aos policiais, no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Biel disse que foi chamado por Ceará e Macapá e que recebeu o valor de R$ 1.000 para participar do crime. Ele contou ainda que não efetuou o disparo e que o Ceará é quem estava com a arma na hora do disparo.

"Eu fui, fui chamado e recebi um valor, entendeu, R$ 1.000, mas eu não dei o tiro, quem me chamou foi eles dois, o Ceará e o Macapá. O Ceará estava com a arma dentro do carro. Quando eu me deparei, ele trancou o carro, aí ele desceu, eu deci atrás dele, aí eu escutei o barulho de um disparo, aí eu voltei para o carro, quando ele entrou foi dizendo que tinha dado um tiro, mas não disse que tinha acertado ninguém", disse o Biel.

Caso Flávia Wanzeler: Saiba quem é o suspeito de atirar e matar a estudante (Foto: Reprodução) 

Em participação no Bom Dia Meio Norte, o delegado Matheus Zanatta disse que, os detidos ficam jogando a culpa no outro, mas que os indícios apontam que o Biel teria sido o autor do disparo.

"Um fica jogando para o outro. O Ceará disse que foi o Biel que fez o disparo, já o Biel joga para o Ceará e o Macapá fala que se quer participou do latrocínio. Pelos elementos de informação que foi colhido, tudo indica que foi o Biel que fez o disparo de arma de fogo. Foi apreendido um revólver calibre 38 com ele, nós vamos fazer o exame de comparação balística para ver se o projétil disparado realmente saiu desse revólver", disse.

Zanatta disse ainda que, o carro usado pelos criminosos estava com a placa clonada e que a realização de uma blitz na ponte que liga Teresina a Timon, impediu que Biel com o veículo para o Maranhão, e reforçou a importância das blitzs.

Revólver encontrado com Biel no momento em que ele foi preso em Caxias - Foto: Divulgação/Polícia Civil

"O carro usado no crime estava com placa clonada. Logo depois do latrocínio, o Biel tentou ir com esse carro para Caxias e ele não conseguiu porque estava acontecendo uma barreira na ponte que liga Teresina a Timon, aí ele abandonou o veículo na Tabuleta, então, isso mostra que as blitz estão surtindo efeito, porque se não tivesse acontecendo a blitz, ele teria ido com esse carro para o Maranhão, e teria dificultado o trabalho da polícia".

O delegado também destacou a importância do trabalho integrado das polícias, principalmente com relação à participação de informantes e revelou que Biel, no momento em que foi preso, estava em um salão, pintando o cabelo, para tentar dificultar sua identificação.

"Nós fizemos um trabalho integrado, colhendo informações de campo e diligências também na internet, para se chegar no Biel, mas, o que ajudou bastante foi o levantamento de informantes, imprescindível para chegar no Biel, e quando prendemos ele em Caxias, lá ele foi encontrado com uma arma de fogo e farta quantidade de entorpecente. O Biel, no momento do latrocínio, ele estava com o cabelo amarelo e no momento em que ele foi preso, em Caxias, ele estava dentro de um salão, trocando a cor do cabelo, justamente para dificultar a sua identificação", disse.

Zanatta falou ainda sobre a vida pregressa dos acusados, sendo o Ceará, o único que não possuía passagem pela polícia.

"O Biel já tem uma condenação por roubo de posse de arma de fogo, uma condenação de quase 9 anos, além de ser integrante de facção criminosa. Ele foi solto no ano passado. O Macapá, ele é natural do Pará, e também já tem passagem pelo crime de roubo. E o Ceará é o único que não tem passagem pela polícia", disse Zanatta.

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